(Texto de Mariana Oliveira)
Entre 2011 e 2021, o Norte reforçou a sua posição nos mercados internacionais, com exportações que aumentaram 45,5%, de acordo com os dados do NORTE ESTRUTURA, publicados pela CCDR-NORTE. Verificou-se um novo máximo de exportações de produtos emergentes e o excedente de 3188 milhões de euros da balança comercial de bens.
Em 2021, a Área Metropolitana do Porto foi responsável pelo maior número de exportações do Norte, com 50,2%.
Destacam-se o desempenho das exportações de “têxtil e vestuário (4384 milhões de euros), automóvel (4252 milhões de euros), máquinas, aparelhos e material elétrico (2734 milhões de euros), metais comuns (2433 milhões de euros) e produtos florestais (2244 milhões de euros). As fileiras com maior crescimento percentual foram as referentes a instrumentos de ótica, fotografia, de medida, de precisão e médico-cirúrgicos (+610,4%), plásticos (81,8%), metais comuns (+78,9%), máquinas, aparelhos e material elétrico (62,9%) e produtos florestais (+61%)”.
Relativamente à especialização tecnológica, é notório o aumento das exportações de bens de média e alta tecnologia, passando de 30,7% para 34,7%. As exportações de alta tecnologia cresceram 91,3% de 2011 a 2021, comparativamente com os aumentos de 59,9% nas de média tecnologia e de 44,1% nas de baixa tecnologia. “O estudo realça ainda a relação positiva entre as indústrias mais sofisticadas e o aumento da produtividade, salários, bem-estar e qualidade de vida”.
O estudo da CCDR-NORTE concluiu que o modelo de crescimento de exportações “foi equilibrado e promoveu uma transição económica equitativa, que compatibilizou a dimensão social de salvaguarda de emprego menos qualificado, com uma dimensão competitiva capaz de criar emprego qualificado e promover a especialização tecnológica”.