Obra Diocesana do Porto usou nome de 436 mortos para ter mais financiamento. MP acusa a instituição de ter burlado o Estado em 3,3 milhões de euros

Obra Diocesana do Porto usou nome de 436 mortos para ter mais financiamento. MP acusa a instituição de ter burlado o Estado em 3,3 milhões de euros

21/08/2023 0 Por Angelo Manuel Monteiro

O presidente, dirigentes e vários funcionários da Obra Diocesana de Promoção Social, no Porto, falsificavam listas de utentes para conseguirem maior financiamento por parte da Segurança Social.

Segundo a notícia avançada pelo Correio da Manhã, na edição desta segunda-feira, através de nomes de mortos, davam a ideia de terem mais pessoas aos seus cuidados, do que aquelas que realmente tinham.

O Ministério Público diz que os seis arguidos, entre os quais o presidente de 70 anos, burlaram o Estado em 3,3 milhões de euros, entre 2009 e 2015.

Os responsáveis da Obra Diocesana inventaram nomes, duplicavam utentes e chegaram até a usar a identidade de 436 pessoas mortas. Todos irão responder pelo crime de burla tributária e o julgamento está agendado para o início de outubro no Tribunal de São João Novo, no Porto.