A Câmara de Gondomar revelou, esta sexta-feira, que o arranque da empreitada de requalificação do espaço da feira semanal está previsto para março, num investimento orçado em cerca de 300 mil euros que não implica a deslocação dos feirantes.
“A intervenção será feita ao nível do piso e, também, através da colocação de novos WC. Prevê-se o arranque da empreitada no final de março deste ano”, esclareceu hoje o município, em resposta à Lusa.
Acrescentou ainda que a obra, orçada em cerca de 300 mil euros, “não implica uma deslocação dos feirantes”.
Em outubro de 2022, perante as críticas das associações representativas do setor, a autarquia tinha-se comprometido a resolver até janeiro de 2023, os problemas da feira local, que estava desde o início daquele mês num novo espaço.
Na altura, insatisfeitos, os vendedores de calçado e de vestuário que à quinta-feira estão na feira de Gondomar, ameaçaram mesmo bloquear a entrada no novo espaço, situado no Parque dos Castanheiros, em protesto contra o mau estado do piso, o número insuficiente de casas de banho e a dimensão do espaço para a instalação das tendas que “diminuiu dos oito metros de frente para apenas seis”, impossibilitando a colocação das carrinhas.
Ouvido hoje pela Lusa, o presidente da Associação de Feirantes do Distrito do Porto, Douro e Minho (AFDPDM), Artur Andrade, reiterou as críticas à atuação do município de Gondomar e lamentou que o prazo para resolução das queixas dos feirantes não tenha sido cumprido.
“Os ajustes deviam ser feitos até final de janeiro. A correção do terreno não aconteceu. Está tudo igual e, pior, agora ignoram a associação”, declarou, referindo que tem uma reunião pedida desde novembro.
Uma opinião não partilhada pelo presidente da Associação de Feirantes e Mercados da Região Norte (AFMRN), Fernando Sá, que, em declarações à Lusa, defendeu que é necessário dar alguma margem de manobra à autarquia, apesar de reconhecer que, antes de transferir os feirantes, deveriam ter sido acauteladas melhores condições no espaço.
“Ainda não vemos obra no terreno, mas também compreendo que é necessário aguardar por melhores dias para fazer obras ao ar livre”, disse, salientando que o município tem cumprido aquilo com que se comprometeu, nomeadamente o aumento do número de transportes a fazer o transbordo junto ao local da feira.