Orçamento do Estado aprovado com votos do PSD e CDS e abstenção do PS, dia marcado por protestos do Chega
Orçamento do Estado aprovado com votos do PSD e CDS e abstenção do PS, dia marcado por protestos do Chega

Orçamento do Estado aprovado com votos do PSD e CDS e abstenção do PS, dia marcado por protestos do Chega

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O Orçamento do Estado (OE) para 2025 foi aprovado em votação final global no Parlamento, contando com os votos favoráveis do PSD e CDS, partidos no governo, e a abstenção do PS. Todos os restantes partidos da oposição – Chega, Iniciativa Liberal, Bloco de Esquerda, PCP, Livre e PAN – votaram contra, apesar de terem conseguido aprovar algumas propostas de alteração durante o processo de especialidade.

O dia na Assembleia da República foi marcado por protestos do Chega, que criticou veementemente a reversão do corte de 5% nos vencimentos dos políticos, medida imposta em 2010 no contexto da crise financeira. Antes da sessão, o partido pendurou faixas nas fachadas da Assembleia com mensagens como “OE2025 aumenta salários dos políticos. Vergonha”. Durante a votação, os deputados do Chega exibiram cartazes no plenário onde se lia: “Este Parlamento perdeu a vergonha”.

Além disso, o partido liderado por André Ventura colocou pendões com montagens de fotografias do primeiro-ministro, Luís Montenegro, do líder do CDS, Nuno Melo, e do secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, ilustrados com notas de dinheiro, numa alusão à decisão sobre os vencimentos dos políticos.

O presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, classificou as ações do Chega como “vandalização política” e acusou o partido de desrespeitar o Parlamento.

Montenegro destaca “compromisso” e PS recusa ser “muleta” do governo

Após a aprovação, o primeiro-ministro Luís Montenegro considerou o orçamento uma “etapa superada” e destacou o “forte comprometimento das principais forças políticas” com o documento. Ainda assim, Montenegro sublinhou que o OE incorpora medidas aprovadas contra a vontade do governo, muitas delas apoiadas pelo Chega e pelo PS.

Por sua vez, Pedro Nuno Santos, secretário-geral do PS, rejeitou categoricamente que o seu partido funcione como suporte da coligação governamental.

“Viabilizamos por razões de Estado, mas este é o Orçamento do governo, e o PS não será muleta de ninguém. Não somos, não devemos ser e não seremos suporte deste executivo”, afirmou, garantindo que as propostas do PS refletem exclusivamente a agenda do partido.

Com o Orçamento aprovado, o governo da coligação PSD/CDS celebra uma vitória num “contexto parlamentar difícil”, enquanto o Chega reforça sua oposição através de ações de protesto que reacenderam debates sobre a conduta política no Parlamento.

Foto: DR

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