Após intensas negociações ao longo de aproximadamente um ano, Porto e Gondomar finalmente alcançaram um acordo histórico para redesenhar os limites entre os dois municípios.
Na última segunda-feira, o Executivo aprovou por maioria o início do procedimento de delimitação administrativa, com a notável abstenção da CDU. O objetivo principal é devolver áreas consideradas essenciais à cidade do Porto, incluindo a emblemática Quinta de Villar d’Allen.
O presidente da Câmara do Porto comparou este feito a um “Tratado de Tordesilhas” moderno, ressaltando a importância de estabelecer fronteiras claras entre os territórios de Porto e Gondomar, uma questão que, até então, carecia de definição.
O vereador responsável pelo Urbanismo e Espaço Público enfatizou que a Carta Administrativa Oficial de Portugal (CAOP) foi unilateralmente modificada em 2012, resultando na retirada de áreas históricas do Porto. Esta ação, além de dificultar processos administrativos para os cidadãos, exigiu a atualização dos limites administrativos devido a mudanças na localização de vias.
O acordo para as novas delimitações foi alcançado de forma consensual entre as autoridades de ambos os municípios e as diferentes freguesias afetadas. As mudanças propostas incluem a incorporação de áreas como a zona da Fábrica do Cobre e das Areias ao Porto, além do retorno de certos loteamentos ao município original.
Por fim, destaca-se o retorno da Quinta de Villar d’Allen ao Porto. Esta redefinição resultará em uma área adicional de mais de 211 mil metros quadrados para o Porto e cerca de 138 mil metros quadrados para Gondomar, abrangendo tanto residências quanto estabelecimentos comerciais. Este acordo marca um marco na história desses dois municípios, prometendo benefícios mútuos e uma melhor gestão dos recursos territoriais.
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