O festival Porto/Post/Doc inicia esta sexta-feira, 24 de novembro, a sua 11.ª edição, trazendo para debate o futuro da Europa e os seus valores fundamentais. Entre os destaques deste ano, está a exibição de um documentário dedicado ao Centro Comercial STOP, um dos marcos culturais mais icónicos da cidade do Porto.
O STOP, conhecido como um refúgio para músicos e artistas independentes, será tema de uma obra que explora o papel deste espaço alternativo como centro de resistência cultural e de criatividade comunitária. A inclusão do documentário reforça o compromisso do festival em refletir sobre questões locais dentro de um contexto mais amplo de mudança social e política.
“O Movimento dos Povos”
Com o tema central “O Movimento dos Povos”, o festival aborda até 2026 questões como a regressão das liberdades, os desafios à democracia e os efeitos da desigualdade. “Será que ainda podemos acreditar nos valores europeus? Quem os defende? Como imaginar um futuro onde a política parece favorecer a violência contra os desfavorecidos?”, questiona a organização.
Exibições e Locais
O festival acontece em várias salas da cidade, como o Batalha Centro de Cinema, Trindade, Passos Manuel, Ferro Bar, Casa Comum, Planetário do Porto, e o STOP, que se afirma, assim, como parte ativa da programação.
Filmes de realizadores como Larisa Shepitko (The Ascent), Paolo Taviani (Padre Padrone), e Tony Gatlif (Latcho Drom) compõem a programação, ao lado de obras que exploram a identidade europeia e os seus desafios contemporâneos.
Foco na Cultura Local
Além do documentário sobre o STOP, o festival presta homenagem ao trabalho da cineasta georgiana Salomé Rashi e abre com o filme “Apocalipse nos Trópicos”, de Petra Costa, que investiga a influência de líderes evangélicos na política brasileira.
Público Jovem e Diversidade
Com uma secção infantojuvenil, programas direcionados para famílias e adolescentes, e um foco na cultura local e global, o Porto/Post/Doc transforma-se num espaço de reflexão crítica e diálogo cultural.
Até 30 de novembro, o festival promete consolidar-se como uma plataforma para a criatividade e a discussão, colocando o Porto, e espaços simbólicos como o STOP, no centro das atenções cinematográficas.
Foto: Google