A cidade do Porto acaba de receber 17 novos agentes da Polícia Municipal, mas o presidente da Câmara, Rui Moreira, destacou que o reforço não atende às crescentes necessidades de segurança urbana e rodoviária da cidade.
“Este reforço é claramente insuficiente para os atuais desafios de segurança urbana e rodoviária no Porto. É preciso, por isso, investir mais na vigilância e na defesa da nossa comunidade”, afirmou Rui Moreira, em declarações ao Porto Canal.
O autarca sugeriu que a criação de uma academia de polícias no Norte do país seria uma solução benéfica, já que atualmente a única academia de formação policial está localizada em Torres Vedras, perto de Lisboa. Moreira propôs que esse novo polo pudesse ser estabelecido em cidades como Famalicão, Braga ou Paredes, facilitando o acesso à formação para os residentes da região.
Moreira apelou ao Governo para estudar essa possibilidade e também destacou que a principal ajuda seria a entrega dos polícias municipais prometidos anteriormente. Além disso, o presidente da Câmara pediu mais câmaras de vigilância, apontando a sua falta como um dos problemas de segurança da cidade.
O autarca sublinhou a necessidade de reforçar os efetivos da PSP, que, segundo ele, estão insuficientemente distribuídos para uma cidade que se transformou numa metrópole e recebe grande número de visitantes. “Por muito esforço que a PSP faça – isto não é uma crítica à PSP, nem aos seus agentes –, nós temos hoje uma fraquíssima cobertura por parte da PSP, e isso é absolutamente fundamental”, explicou Rui Moreira.
Atualmente, o número de agentes da Polícia Municipal é significativamente superior ao de anos anteriores. António Leitão da Silva, comandante da Polícia Municipal do Porto, afirmou que agora há 210 agentes, comparado com apenas 60 no passado. Contudo, a carência de mais agentes continua a ser uma questão premente para enfrentar os desafios da cidade.
Foto: CM Porto