Portugal e a Violência Doméstica
Portugal e a Violência Doméstica

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(Texto de Daniel Pinho)

Na madrugada de hoje, 8 de Fevereiro, uma mulher de 31 anos foi dada como morta no Hospital Santa Maria, em Lisboa, ao ser violentamente agredida pelo, agora detido, marido.

A agressão ocorreu na própria habitação em Benfica, onde residiam com os filhos de 5 e 12 anos. Segundo a CNN, esta, que não foi a primeira agressão deu-se por volta das 3h, no entanto, o suspeito só alertou as autoridades cerca de 2h depois. A vítima, que estava em paragem cardiorrespiratória acabou por não resistir aos ferimentos e foi declarado o óbito já no Hospital.

Em Portugal, a Violência Doméstica continua o crime mais praticado, tendo em larga maioria, homens enquanto agressores. Em estatísticas do Portal de Violência Doméstica, foram registados acima de 30mil ocorrências em 2022 – o número mais alto dos últimos 4 anos. As ocorrências registadas têm voltado a aumentar desde 2020, ano caraterizado pelo isolamento indissociável ao COVID-19, talvez, razão pela qual os registos diminuíram , dada a menor privacidade e consequente falta de segurança na denúncia.

Salvo exceções, claro, são mulheres as vítimas e por norma, à mão dos seus companheiros. Apesar de alguma melhoria, é ainda pouca a percentagem de agressores que é efetivamente preso por crimes de Violência Doméstica, até que, nos casos mais mediáticos como o de hoje, raramente não há antecedentes de violência.

Será este sentimento de impunidade o grande fator que permite que este seja um crescente problema no país? Além de educar, sensibilizar e denunciar, o que podemos realmente fazer enquanto terceiros?

Os sinais nem sempre são visíveis, mas as consequências da Violência Doméstica são. Mesmo em caso de incerteza, a denúncia é a resposta certa.

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