Portugal prepara segunda fase de desconfinamento
Portugal prepara segunda fase de desconfinamento

Portugal prepara segunda fase de desconfinamento

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O primeiro-ministro afirmou esta quinta-feira que Portugal pode “dar o passo de avançar” com as medidas de desconfinamento previstas para a próxima segunda-feira.


No final do Conselho de Ministros de hoje, António Costa explicou que “a aplicação combinada dos dois critérios” – incidência e ritmo de transmissão – mantém Portugal “claramente no quadrante verde”.
Portugal cumpre os dois indicadores considerados determinantes para avançar ou travar o desconfinamento: a nível nacional, o país está abaixo dos 120 casos por 100 mil habitantes e o índice de transmissibilidade é inferior a 1.
“Podemos dar o passo de avançar nas medidas de desconfinamento previstas para a próxima segunda-feira”, reiterou Costa.

O primeiro-ministro revelou também que há 19 concelhos no continente acima do limiar de risco de incidência da covid-19, que podem não avançar no desconfinamento, caso a situação se mantenha na próxima avaliação do Governo, daqui a duas semanas.


Destes 19 concelhos, 13 têm entre 120 e 240 casos por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias e seis estão mesmo acima dos 240 novos casos por 100 mil habitantes, no mesmo período.
O primeiro-ministro salientou que os especialistas ouvidos pelo Governo propuseram que, “se em duas avaliações sucessivas, os mesmos concelhos estiverem acima do limiar de risco, nesses concelhos não devem avançar as medidas de desconfinamento”.


Dos 19 concelhos com maior incidência de casos, destacam-se Carregal do Sal, Moura, Odemira, Portimão, Ribeira de Pena e Rio Maior, com mais de 240 casos por 100 mil habitantes.
A este grupo de 19 pertencem ainda os concelhos de Alandroal, Albufeira, Beja, Borba, Cinfães, Figueira da Foz, Figueiró dos Vinhos, Lagoa, Marinha Grande, Penela, Soure, Vila do Bispo e Vimioso, que registam entre 120 a 240 casos por 100 mil habitantes.


António Costa deixou ainda “uma palavra de profundo agradecimento aos portugueses, pela forma como têm conseguido coletivamente controlar esta pandemia”.
“E nesta terceira vaga termos conseguido trazer com grande sacrifício, mas também grande determinação e grande persistência, de dias em que chegamos a ser dos piores do mundo para a situação em que hoje nos encontramos em que no conjunto do espaço económico europeu só a Islândia tem melhores resultados que Portugal”, enalteceu.

Para o primeiro-ministro, estes resultados devem dar orgulho aos portugueses.
“Mas esse orgulho deve ser transformado e convertido em força motivadora para continuarmos a manter o esforço para que não tenhamos ficado parados a marcar passo nem muito menos tenhamos que regredir no que já conseguimos obter e que possamos prosseguir este desconfinamento a conta gotas”, apelou.

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