Luísa Salgueiro foi constituída arguida no âmbito da “Operação Teia”. A presidente da Câmara de Matosinhos e da Associação Nacional de Municípios ainda não foi ouvida pelas autoridades e encontra-se com Termo de Identidade e Residência desde o passado dia 24 de outubro.
Em causa está a nomeação, para chefe de gabinete, de Marta Laranja Pontes, filha de um dos principais visados deste processo, o ex-presidente do IPO, José Maria Laranja Pontes.
Três anos depois de o seu gabinete ter sido alvo de buscas e de lhe terem apreendido o telemóvel e copiado o conteúdo do seu computador no âmbito desta investigação, a presidente da Câmara de Matosinhos e da Associação Nacional de Municípios, diz que aquilo de que a acusam é “absurdo”.
O gabinete de apoio à presidência da autarquia sustenta que a suspeita que recai sobre Luísa Salgueiro vai ser “esclarecida rapidamente” e lamenta “o dano moral e reputacional entretanto causado”. “O único facto imputado à presidente da Câmara Municipal de Matosinhos no âmbito do processo Operação Teia é o de ter escolhido a sua anterior chefe de gabinete por nomeação sem ter procedido à abertura de um concurso público”, destaca em comunicado, lembrando que “não existem concursos públicos para escolha dos membros dos gabinetes dos presidentes de câmara”.
Recorda ainda que a lei 5/2013 refere que cabe ao presidente da câmara nomear e exonerar os membros do seu gabinete de apoio e lembra a PJ fez buscas na câmara no âmbito deste processo em Maio de 2019 e que, desde então, “não foi realizada qualquer outra diligência” e a autarca “nunca foi ouvida”.