PSD de Oliveira de Azeméis critica autarquia pelo atraso da abertura do Teatro Municipal 
PSD de Oliveira de Azeméis critica autarquia pelo atraso da abertura do Teatro Municipal 

PSD de Oliveira de Azeméis critica autarquia pelo atraso da abertura do Teatro Municipal 

Partilhar:

O PSD de Oliveira de Azeméis classificou esta segunda-feira de “caricato” o desempenho da Câmara face ao antigo Cineteatro Caracas, que, agora designado Teatro Municipal, será inaugurado a 11 de novembro mas ainda não tem licença definitiva nem programação anunciada.

A estrutura concelhia dos sociais-democratas nota que o anterior executivo camarário, liderado até 2017 pelo PSD, já deixara pronto o projeto arquitetónico e o financiamento para as obras nessa sala de espetáculos, mas refere que a empreitada só arrancou em 2020, mediante “muitas vicissitudes, avanços e recuos”, entre os quais seis prorrogações do prazo de execução, que acrescentaram 743 dias aos 450 inicialmente previstos.

Para o PSD, isso é “no mínimo caricato” e revela “a inércia” do executivo camarário socialista, para o qual “tudo serviu de desculpa”: “a pandemia, a cadeira, as claraboias de desenfumagem, as telas finais, a doença de um funcionário, as licenças da IGAC [Inspeção Geral das Atividades Culturais]”.

Os sociais-democratas reconhecem que “a obra está concluída, até porque já ocorreram dois eventos” no local, mas dizem que “falta todo o resto” e, como primeiro exemplo, referem que o teatro “vai abrir sem a licença definitiva do IGAC que o presidente da Câmara considerava absolutamente fundamental – o que prova que o problema não era a licença, mas a falta de preparação de tudo o que é necessário para a abertura”.

No mesmo contexto, o PSD nota que “o teatro vai abrir sem programador cultural que se conheça, sem programa, sem promoção, sem imagem gráfica e sem a necessária campanha de marketing e promoção para um evento desta importância”.

O partido refere ainda que a Câmara se comprometeu a reforçar a equipa de funcionários da nova sala de espetáculos com pessoal “interno e externo” à autarquia, mas afirma que isso implica um procedimento de contratação que continua desconhecido.

“Toda esta demora foi da exclusiva responsabilidade da Câmara Municipal, que não preparou atempadamente a abertura do teatro. Agora, devido à pressão pública e da oposição, avança com uma data sem que se saiba mais nada. Falta menos de um mês. Pode a Câmara fazer num mês o que não fez num ano?”, conclui o PSD.

Questionado pela agência Lusa, o executivo camarário de maioria socialista respondeu que “a questão primordial é que, finalmente, os oliveirenses vão dispor de uma casa da cultura com a qualidade e segurança que merecem, algo que já lhes devia ter sido proporcionado há muitos anos por quem então tinha a responsabilidade de o fazer e não fez”.

A Câmara realça que os habitantes de Oliveira de Azeméis, no distrito de Aveiro, “já demonstraram de forma clara que não apreciam comportamentos de permanente maledicência sobre o seu concelho, de negativismo e derrotismo político, nem práticas políticas obsoletas que em nada contribuem para a melhoria da sua qualidade de vida nem para o desenvolvimento do território”.

Defendendo que a cultura é “um pilar essencial para o desenvolvimento de qualquer comunidade”, a autarquia remata que essa “não deve ser tratada como um folhetim político”.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *