Quase 40% dos idosos portugueses com mais de 80 anos viviam sozinhos em 2021, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), apresentados num estudo sobre as famílias em Portugal com base nos Censos de 2021. O estudo revelou um crescimento na proporção de idosos a residir em agregados unipessoais, especialmente entre os com 80 anos ou mais, dos quais 37,8% viviam sem núcleos familiares.
Os dados mostram que mais de 50% dos agregados unipessoais em Portugal eram compostos por pessoas com 65 anos ou mais, sendo este fenómeno mais acentuado nas freguesias do interior e na Região Autónoma da Madeira, em contraste com o litoral e os Açores.
Entre 2011 e 2021, Portugal perdeu 1,3% da população residente, com uma taxa de crescimento negativa até 2018, revertida apenas com a imigração a partir de 2023. Durante este período, a natalidade foi fortemente afetada pelas crises financeira e pandémica, resultando numa média de 1,35 filhos por mulher em 2021. Além disso, aumentou o número de casais de facto e casais sem filhos, enquanto diminuiu o número de casais com filhos.
Estes dados refletem o envelhecimento populacional e as mudanças nas dinâmicas familiares em Portugal.
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