No Parque da Lavadeira , em Gaia há tulipeiros únicos, imponentes árvores que precisam de várias pessoas para as abraçarem, percursos pedestres, jardins temáticos, um lago e zonas de merendas, ideais para piqueniques. É também a casa de muitas espécies de animais – borboletas, libelinhas, sardões, sapos, patos, ouriços-cacheiros e diversas aves encontram aqui um refúgio.
Este precioso pulmão verde em Vila Nova de Gaia reabriu ao público esta semana após a autarquia ter adquirido e reabilitado uma parcela de terreno da Quinta da Lavandeira. Com esta ampliação, o parque passou a ter um total de 110 mil metros quadrados. A aquisição, num total de 2,5 milhões de euros, acrescenta cerca de mais um terço à área anterior do parque e inclui uma estufa neogótica em ferro, que irá ser recuperada.
A Estufa da Lavandeira é uma peça rara da arquitectura do ferro em Portugal. Classificada como imóvel de interesse municipal, foi erguida entre 1881 e 1883 pela Fundição do Ouro do Porto. Feita em ferro fundido (uma das duas existentes na Península Ibérica), com a mesma técnica de engenharia do antigo Palácio de Cristal que foi demolido no Porto, esta estrutura pesa 38 toneladas, tem 24 metros de frente, 12 de altura no centro e 12 de fundo.
O concurso para a reabilitação da estufa será lançado em Maio, anuncia o site da Câmara Municipal, prevendo uma intervenção de cerca de meio milhão de euros.
O objectivo é colocar neste espaço histórico uma cafetaria e um parque botânico que remeta para aquilo que foi a estufa antigamente.
A Quinta da Lavandeira era uma antiga propriedade agrícola e de recreio que pertenceu, inicialmente, a Joaquim da Cunha Lima Oliveira Leal, que a vendeu ao conde António da Silva Monteiro, presidente da Associação Comercial do Porto entre 1875 e 1877. Devido à sua acção nesse cargo, tiveram início as obras de construção do Porto de Leixões e do caminho-de-ferro para a Póvoa de Varzim. Ao conde ficou a dever-se também a modernização da tanoaria a vapor na Companhia Aurifícia, na Rua dos Bragas.