Mais de 215.000 condutores foram apanhados em excesso de velocidade pelos radares geridos pela Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR) entre janeiro e maio de 2024, o que representa um aumento de 40% em relação ao mesmo período do ano anterior, conforme divulgado na passada semana.
De acordo com o relatório da ANSR sobre sinistralidade e fiscalização rodoviária referente a maio de 2024, o número de condutores fiscalizados pelo sistema de radares da ANSR aumentou 79,6% nos primeiros cinco meses do ano, em comparação com o período equivalente em 2023. Durante esse período, foram fiscalizados 92.402.878 veículos pelos radares do Sistema Nacional de Controlo de Velocidade (Sincro), em comparação com 51.461.809 no ano anterior.
No total, entre janeiro e maio de 2024, foram fiscalizados 96,3 milhões de veículos, tanto através de fiscalização presencial quanto automática, o que representa um aumento de 70,7% em relação ao ano anterior. O sistema Sincro gerido pela ANSR foi responsável por 96% da fiscalização total nesse período, um aumento em relação aos 91% registrados no ano passado. Em contraste, a fiscalização realizada pela PSP e pela GNR diminuiu 25,6% e 19,6%, respetivamente.
As multas emitidas com base nas infrações captadas pelos radares da ANSR também aumentaram 40%, passando de 154.063 entre janeiro e maio de 2023 para 216.656 no mesmo período de 2024. Apesar deste aumento, o relatório aponta para uma ligeira diminuição de 1,9% no total de infrações detetadas, com exceção das relacionadas com a velocidade, que continuaram a subir.
Além da velocidade, todas as outras infrações registaram uma redução significativa, com destaque para as contraordenações relativas ao cinto de segurança (-47%), utilização do telemóvel durante a condução (-34%) e condução sob efeito do álcool (-25%).
O relatório também revela que a criminalidade rodoviária, medida pelo número total de detenções, diminuiu 41,2% em comparação com o mesmo período de 2023, com 8.900 condutores detidos, dos quais mais de metade por condução sob efeito de álcool e um terço por falta de habilitação legal para conduzir.
Até maio de 2024, cerca de 700.000 condutores perderam pontos na carta de condução. Desde a introdução do sistema de carta por pontos, em junho de 2016, 3.219 condutores tiveram a sua carta de condução cassada, segundo a ANSR.