O XIII Congresso do Livre inicia-se este sábado no Porto, com o destaque centrado no debate em torno do programa eleitoral para as legislativas de março. O evento, que se estenderá até domingo, culminará com uma intervenção do fundador Rui Tavares.
A reunião do órgão máximo do partido, sem a eleição de novos órgãos, tem lugar na Biblioteca Municipal Almeida Garrett, no Porto, e visa também a apresentação dos cabeças de lista do Livre para as eleições legislativas de 10 de março.
Conforme o programa delineado, após as intervenções, será apresentada a primeira versão do programa eleitoral, coordenado por dirigentes do partido e incorporando contributos tanto de militantes quanto da sociedade civil.
Mais de 100 propostas de alteração, apresentadas por membros e apoiantes do partido, serão debatidas no sábado. Nesse dia, também será votada a proposta de data para o próximo congresso do Livre.
A meio do dia de sábado, o deputado único, Rui Tavares, acompanhado por uma delegação do Livre, participará na manifestação pelo direito à habitação organizada pela Plataforma Casa Para Viver, em vários pontos do país.
No domingo, serão anunciados os resultados da votação da versão final do programa eleitoral, seguido por um período de cerca de três horas de intervenções de todos os cabeças-de-lista às legislativas pelo Livre.
O encerramento ficará a cargo do fundador e cabeça de lista por Lisboa, Rui Tavares.
Ao contrário da última reunião magna do Livre, que ocorreu há cerca de dois anos em Coimbra, e teve pela primeira vez duas listas candidatas à direção, esta vez não haverá a escolha de novos órgãos internos. O foco está nas eleições legislativas de março, onde Rui Tavares expressou a vontade de eleger um grupo parlamentar, enfatizando que dois deputados são insuficientes.
Numa entrevista à Lusa, Tavares mostrou-se aberto a integrar um eventual governo de esquerda e adiantou algumas propostas do Livre, como a meta de elevar o Salário Mínimo Nacional a 80% do equivalente espanhol até o final da próxima legislatura. O partido também busca a reposição integral do tempo de serviço dos professores numa legislatura e propõe um investimento de mil milhões na saúde, com a obrigatoriedade de os hospitais privados divulgarem dados como grelhas salariais, à semelhança do setor público.