Rita Rocha, aos 17 anos, não é apenas uma promessa no mundo da música; ela é uma realidade em ascensão. Com um currículo impressionante que inclui a participação no MTV Push, concertos a solo em palcos como Teatro Sá da Bandeira, Capitólio e Meo Marés Vivas, a jovem cantora e compositora portuguesa está pronta para lançar seu primeiro álbum, em 2024, ano em que também será autora de uma das músicas a concurso no Festival da Canção. Nesta entrevista exclusiva, Rita compartilha os insights sobre seu último single, “Amigos com Benefícios”, e revela detalhes sobre a próxima fase de sua carreira.
Ao criar “Amigos com Benefícios”, Rita revela que o processo criativo foi único e surpreendente. Em colaboração com seu amigo Nuno Siqueira, a ideia inicial era criar uma canção divertida, mas rapidamente percebeu que a música tinha uma mensagem mais profunda. A inspiração veio da vida de uma amiga que resistia ao amor, optando por relações mais casuais. Rita explica: “Fizemos a canção para brincar com ela, mas acabou por ser uma das minhas favoritas.” A mensagem por trás da música marca uma transição significativa da sua fase romântica anterior para uma abordagem mais desapegada e adolescente.
Questionada sobre o próximo álbum, ao qual ainda sem saber se pode revelar o nome, deixa no ar o título “Oito ou Oitenta”, Rita revela que a diversidade é a chave. Ela descreve o álbum como uma expressão da dualidade da adolescência, explorando temas como amor, desamor, ansiedades e problemas de autoestima “sinto que os adolescentes vivem muito no oito ou no oitenta não sabem o que é o quarenta”. O título reflete não apenas a fase da vida que muitos adolescentes vivem, mas também a variedade de estilos musicais que o álbum abraçará. Destaca que, embora o álbum não seja o oposto completo de seu EP anterior, certamente apresentará uma gama mais ampla de temas.
“Vão ter vários estilos diferentes e não vai ser o típico cliché, obviamente que ainda vou manter aquelas três cançõezinhas que eu gosto muito, porque também gosto do “Mais o menos isto” alias é minha canção também eu gosto muito dela e também me relaciono com ela, ou seja, também não vai ser o completo oposto, mas vai ter sem dúvida muito mais coisa do que teve no meu primeiro ep”
Com apenas 17 anos, Rita enfrenta um dilema comum a muitos jovens artistas: conciliar a paixão pela música com a busca de uma carreira acadêmica, neste caso, medicina. Compartilha que sempre sonhou em ser médica, mas a música tornou-se uma oportunidade inesperada. Com determinação, Rita está comprometida em equilibrar as duas paixões. No entanto, ela admite que há incertezas e a possibilidade de ter que fazer escolhas difíceis no futuro.
Selecionada como uma das autoras (entre 809 candidaturas) do Festival da Canção, expressa o seu entusiasmo e gratidão pela oportunidade, vê isso como uma conquista significativa na sua carreira e está focada em dar o seu melhor. Embora reconheça a pressão, está determinada a viver o momento e apreciar a jornada.
“Tento me focar na minha vida no presente, por isso é que eu não gosto muito de falar sobre o futuro, sinto que começo a pensar em tudo e em opções, por isso eu tento viver muito a minha vida no presente e ver onde é que ela me quer levar, vou dar o meu melhor no festival e vamos ver como é que corre”
Ao falar sobre colaborações dos sonhos, Rita destaca a banda 4 e Meia, o artista Guga Caiano, e o renomado Slow J e Pedro Abrunhosa como as suas principais escolhas. Quanto a palcos, confessa que o seu sonho é realizar um concerto no Coliseu, considerando-o um momento especial e emblemático na carreira de um artista.
“O meu sonho é fazer um Coliseu, eu acho que é uma coisa tão especial, acho que é o concerto mais especial da carreira que um artista pode ter…são poucos artistas que fazem coliseus, são muito poucos os artistas que enchem coliseus…é uma sala tão emblemática que para mim era um sonho gigante”
Questionada sobre seus planos para o futuro, Rita prefere viver no presente. Deseja continuar a escrever músicas, explorando novos estilos e contribuindo para a indústria musical. Além disso, espera conciliar a música com seus estudos na medicina. O seu maior desejo é ser feliz, fazer o que ama e estar ao lado das pessoas que mais ama.
“Não sei dizer um sítio onde me vejo daqui a 10 anos, mas sei dizer como é que eu gostava de estar daqui a 10 anos, eu acho que é feliz e a fazer aquilo que eu mais gosto de fazer ao lado das pessoas que eu mais gosto, por isso é isso que eu espero que aconteça e vou lutar para isso.”
Rita Rocha não é apenas uma promessa; ela é a personificação da harmonia entre paixões aparentemente divergentes. Com uma mentalidade aberta e determinação, está a moldar o seu próprio caminho, inspirando jovens a perseguirem os seus sonhos, independentemente das expectativas.
Com certeza, pelo caminho que já percorreu e pelo caminho que está á espera dela, será um dos nomes mais sonantes e incontornáveis da musica em Portugal e facilmente vai deixar o carimbo com o seu nome no livro dos maiores artistas nacionais.