Agosto começou e terminará com uma lua cheia de tamanho excepcional: a chamada Superlua Azul iluminará a última noite do mês. Depois desta, só poderá voltar a ver uma em Agosto de 2032, segundo a NASA.
Este Verão não tem dado tréguas aos apreciadores de eventos astronómicos, muitos deles concentrados em Agosto. Caso tenha perdido os anteriores, fique a saber que poderá ver uma superlua a encerrar um mês que começou com outro evento similar. Trata-se da chamada Superlua Azul, a próxima das cinco luas cheias nomeadas que restam em 2023.
Historicamente, muitas civilizações veneram a Lua, especialmente quando está cheia. Era assim que faziam as tribos ameríndias da América do Norte, que atribuíam um nome especial a cada uma delas, tradição que se mantém até hoje. Assim, no mês passado vimos a Lua do Veado, no dia 1 de Agosto vimos a Lua do Esturjão e no dia 31 de Agosto veremos a Superlua Azul.
A particularidade das luas cheias no Verão é que o céu está geralmente limpo na maioria dos casos, tornando a observação muito mais satisfatória. No entanto, as condições podem depender de vários factores, pelo que é aconselhável verificar com o serviço meteorológico local.
COMO VER A SUPERLUA AZUL?
A Superlua Azul atingirá o seu pico nas primeiras horas de 31 de Agosto, por volta das 02:30 horas da manhã (hora de Lisboa), mas será visível assim que se elevar acima do horizonte ao pôr-do-sol de 30 de Agosto, e permanecerá no céu até ao nascer do sol.
É de notar que, ao contrário das “superluas” como a de Esturjão, existem também “mini-Luas”: as que coincidem com o apogeu, o ponto mais distante da órbita do satélite em torno da Terra.
Assim, embora a luz da lua seja suficientemente intensa para ser vista de qualquer lugar, há algumas dicas que podem ser úteis para quem quiser aproveitar ao máximo a próxima lua cheia. Em primeiro lugar, certifique-se de que conhece a hora de máximo esplendor no seu país: por volta das 02:30 horas, hora de Lisboa.
Para além disso, aconselhamos a encontrar um local com pouca poluição luminosa. E, finalmente, pode também ser uma boa ideia equipar-se com binóculos, pois poderá observar melhor as crateras e as sombras da Lua.
A resposta ao nome das luas cheias do ano está no Farmers’ Almanac dos EUA. Este almanaque, que existe desde 1818, tem vindo a popularizar os termos utilizados pelos índios nativos americanos da América do Norte para se referirem às luas cheias mensais, que hoje se espalharam por todo o mundo.
A Lua do Esturjão ocorreu a 1 de Agosto, correspondendo à altura do ano em que os índios americanos melhor pescavam esta espécie, devido à boa visibilidade nocturna proporcionada pela luz desta superlua. Tal como ela, o resto das luas cheias também adoptam nomes de animais ou frutos, entre outros. No entanto, nesta ocasião, chama-se Superlua Azul para diferenciar a sua natureza das restantes: de facto, não é habitual haver duas luas cheias no mesmo mês. Assim, o termo “azul” é acrescentado para indicar que será a segunda nos mesmos 30 dias.
Felizmente, ainda nos restam várias luas cheias no ano, embora esta seja especial porque servirá para nos despedirmos do Verão. A 29 de Setembro chegará a próxima, chamada Lua Cheia da Colheita, que dará início ao Outono no hemisfério Norte e à Primavera no hemisfério Sul.
Foto: Inês Santos – Superlua em agosto de 2023 vista no concelho da Maia, Área Metropolitana do Porto.