Os trabalhadores da Efacec estão prestes a iniciar uma greve de duas horas por turno, marcada para começar nesta segunda-feira e repetindo nos dias 8 e 10 de maio. Esta medida de protesto, definida como um “grito de alerta” pela defesa dos empregos e da importância estratégica da empresa, foi decidida após plenários realizados em 17 de abril, onde os trabalhadores deram o mandato ao Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente do Norte (SITE-Norte) para emitir o pré-aviso de greve.
O pré-aviso abrange também todo o trabalho extraordinário durante o mês de maio. Durante os dias de greve, os trabalhadores estarão concentrados em frente às instalações da empresa, em S. Mamede Infesta, Matosinhos, das 8h30 às 10h30 e das 17h às 19h.
Os trabalhadores exigem a negociação do caderno reivindicativo, a defesa dos empregos e a continuidade da Efacec enquanto empresa estratégica. Esta ação foi motivada pelo anúncio de um despedimento coletivo na Efacec Engenharia pelo fundo de investimento alemão Mutares, que adquiriu a empresa após a sua nacionalização em 2020. O sindicato afirmou que este despedimento coletivo serve como um alerta para o futuro da empresa e para a segurança dos postos de trabalho.
No momento, a Efacec, com sede em Matosinhos, emprega cerca de 2000 trabalhadores. A venda da totalidade da empresa ao fundo Mutares foi acompanhada por um acordo do Estado português para injetar 160 milhões de euros na empresa, com mais 35 milhões de euros financiados pelo Banco de Fomento.
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