O Tribunal de São João Novo, no Porto, condenou Chenglong Li a 25 anos de prisão, pelo homicídio de António Gonçalves, falecido em 2019, carbonizado no incêndio no prédio onde morava, na rua Alexandre Braga.
Os outros arguidos, são três portugueses e foram absolvidos pelo crime de homicídio, mas condenados a nove meses de prisão pelo crime de extorsão na forma tentada.
Chenglong Li negou sempre em tribunal qualquer envolvimento direto ou indireto nos incêndios e nas suas consequências.
O empresário chinês foi condenado pela co-autoria material de um crime de coação na forma tentada (9 meses), dois crimes de incêndio, um consumado e outro tentado (1+7 anos). Um crime de homicídio qualificado, por este foi condenado por 20 anos e um crime de homicídio na forma tentada (9 anos). No total, foram-lhe aplicados 25 anos.
Tudo aconteceu em dezembro de 2016, quando o empresário chinês adquiriu um prédio na Rua Alexandre Braga, nº 100 pela quantia de 645 mil euros. Em novembro de 2018, fez um contrato-promessa para a venda do mesmo por 1,2 milhões de euros. A família de Maria Mendes Oliveira recusou-se a sair do edifício.
Segundo diz o despacho de acusação, em fevereiro de 2019 o empresário chinês mandou atear o primeiro fogo ao prédio mas sem grandes consequências. Em março foi executado outro fogo e desse resultou uma morte de um dos filhos, ou seja, de António Gonçalves.