A Escola Básica e Secundária do Coronado e Castro, na Trofa, a última do concelho ainda com amianto, vai ser requalificada a partir do segundo trimestre de 2024 num investimento de sete milhões de euros, foi esta quarta-feira anunciado.
Em resposta a um pedido de esclarecimento da Lusa, a Câmara da Trofa, no distrito do Porto, informou que da requalificação constará a “valorização energética de todo o espaço escolar, incluindo o pavilhão desportivo”.
O estabelecimento de ensino passou recentemente para a esfera do município na sequência da transferência de competências na área da educação, “tendo o concurso público internacional sido lançado em 04 de setembro com o preço base de aproximadamente sete milhões de euros”, acrescenta o município.
Inaugurado há 30 anos, aquele equipamento escolar foi durante a tempestade Aline obrigado a encerrar, dado haver salas inundadas, relatou à Lusa o diretor da escola, Renato Carneiro, que confirmou ser a única escola do concelho que ainda não viu ser-lhe retirado o amianto da cobertura.
“Com a chegada da Aline passámos um mau bocado, houve um dia em que tivemos de interromper as aulas, porque houve uma inundação. As caleiras não escoaram a água, estavam entupidas. Houve um excesso de chuva”, explicou o professor.
Sobre esta ocorrência, a autarquia referiu estar a “tomar diligências para minimizar os problemas identificados na escola, por motivo de intempérie”.
Com cerca de 500 alunos, a escola, segundo Renato Carneiro, tem “24 salas para 25 turmas, situação que provoca problemas logísticos na hora de pensar em fazer obras”.
Afirmando compreender os protestos dos pais na semana da tempestade, o docente afirmou que para “não prejudicar ninguém” preferiu esperar pela “pausa de natal para poderem haver obras a suspender as aulas e prejudicar toda a gente”.
“Depois que limpámos as caleiras continuou a chover e nunca mais tivemos problemas”, reforçou.
Ainda segundo a autarquia, as “obras de requalificação iniciarão após o visto do Tribunal de Contas e efetuada a respetiva consignação, estimando-se que as mesmas decorram com um prazo de execução de 12 meses”.