Vereador do PS na Câmara do Porto questiona se autarquia exerceu direito de preferência na compra da “ilha” do Campo Alegre
Vereador do PS na Câmara do Porto questiona se autarquia exerceu direito de preferência na compra da “ilha” do Campo Alegre

Vereador do PS na Câmara do Porto questiona se autarquia exerceu direito de preferência na compra da “ilha” do Campo Alegre

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O vereador do Partido Socialista (PS) da Câmara do Porto, Tiago Barbosa Ribeiro, quer saber se a autarquia “teve oportunidade” de exercer o direito de preferência no processo da venda da “ilha” do Campo Alegre.

Num requerimento enviado ao presidente da Câmara do Porto, e a que a Lusa teve esta quarta-feira acesso, o vereador do PS diz saber, depois de um encontro com os moradores, que “a Câmara Municipal do Porto teve oportunidade de exercer o direito de preferência aquando da venda, mas não quis comprar”.

“Os moradores não têm para onde ir e, se nada for feito, dificilmente vão poder continuar a viver no Porto, onde alguns residem há décadas”, observa o socialista, questionando o executivo se “teve oportunidade” de exercer o direito de preferência e se, a confirmar-se, “porque não o fez” tendo em conta um “contexto de enorme pressão imobiliária na cidade”.

“Resumidamente, após uma tentativa não concretizada de reabilitação da “ilha” envolvendo a Porto Vivo e garantindo a permanência dos moradores, a proprietária acabou por vender a totalidade da “ilha” a uma sociedade de investimento imobiliário que já enviou cartas de despejo aos moradores”, afirma o vereador.

O PS quer também saber se a empresa municipal Porto Vivo, SRU elaborou algum projeto de requalificação para aquela “ilha” e, se o fez, “porque não houve candidatura aos apoios do Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU)”.

Que acompanhamento está a ser dado aos moradores e se já deu entrada nos serviços municipais algum projeto para aquele terreno são outras das questões colocadas pelo vereador socialista.

A Lusa contactou a Câmara do Porto, mas até ao momento sem resposta.

O jornal Público avança quarta-feira que a “ilha” do Campo Alegre, composta por 13 habitações, “foi comprada pela sociedade de investimento imobiliário Brandão & Azevedo”, apesar da elaboração de um “projeto de requalificação” e a “preparação de uma candidatura” a apoios do IHRU por parte da proprietária, da Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto e da autarquia.

As “ilhas” no Porto são constituídas por edifícios unifamiliares no centro da cidade, normalmente com um piso e separadas ou ladeadas por um corredor de acesso à via pública.

Na cidade existem 957 “ilhas”, sendo que apenas três são propriedade municipal, nomeadamente a da Bela Vista, a do Bonjardim e a de Cortes.

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