Vila Nova de Gaia vai contrair empréstimo para investir no concelho
Vila Nova de Gaia vai contrair empréstimo para investir no concelho

Vila Nova de Gaia vai contrair empréstimo para investir no concelho

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O município de Vila Nova de Gaia vai contrair um empréstimo de 39 milhões de euros para fazer vários investimentos no concelho. A proposta foi aprovada esta segunda-feira em reunião de câmara com abstenção dos vereadores do PSD.

Alguns dos investimentos em causa neste empréstimo são o projeto de habitação de regeneração da Antiga Fábrica das Madeiras da Feiteira, em Grijó (6,9 milhões de euros), a construção do Centro de Atividades e Capacitação para a Inclusão de Canidelo (5,1 milhões), o Cineteatro Municipal Almeida e Sousa (3,8 milhões), entre outros.

“Este empréstimo que estamos a lançar agora visa financiar investimentos. Todo este empréstimo é despesa de capital, não há despesas correntes, é financiamento de investimentos definidos como investimentos prioritários para o município, mas para os quais não existe, neste momento, pela sobrecarga de despesas correntes, disponibilidade em despesas de capital”, disse o presidente da Câmara de Vila Nova de Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues.

Segundo o autarca, a ausência de disponibilidade “é meramente orçamental, não é de tesouraria”, e os encargos anuais previstos para o pagamento do empréstimo ascendem aos 2,8 milhões de euros, que são “perfeitamente acomodáveis” para as atuais contas do município.

Eduardo Vítor Rodrigues disse que no final de 2022 o município devia 92 milhões de euros, tendo atualmente encargos anuais de serviço de dívida que rondam os cinco milhões de euros.

“O município não vai, tecnicamente, pagar nada. O nosso empréstimo vai ser pago com as rendas que deixaremos de pagar no final de 2023 do fundo imobiliário que liquidámos”, o Fundger, no montante de 3,2 milhões de euros pagos desde 2011.

Em causa está uma proposta de “consulta a instituições financeiras” para posteriormente contratar “um empréstimo de médio e longo prazo para financiamento de investimentos”, que foi aprovada hoje.

Os dois vereadores do PSD abstiveram-se dando o “benefício da dúvida” ao socialista Eduardo Vítor Rodrigues, dizendo o vereador Cancela Moura que o empréstimo suscita “algumas reservas sobre a fundamentação” para o mesmo.

“Um ano volvido sobre a contração de um empréstimo de 18,5 milhões de euros, também destinado ao investimento e com a promessa de ser o único a que se recorreria no presente ciclo autárquico, estamos confrontados com um novo empréstimo com igual finalidade, mas de valor que corresponde ao dobro daquele valor”, apontou.

O PSD considera que “alguns dos investimentos que constam da proposta do empréstimo deveriam ser realizados à custa de receitas próprias, tal com está previsto, e bem, no orçamento municipal”.

Cancela Moura apontou ainda que de alguns dos investimentos a financiar, “constam pelo menos seis milhões de euros para obras de pavimentação/reabilitação de pavimentos que não têm um caráter infraestrutural adequado ao prazo do empréstimo, que é de vinte anos”.

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