(Texto de Daniel Pinho)
Nos últimos 5 anos, a violência no namoro em Portugal subiu, segundo a PSP cerca de 10% , sendo que, em 2022, a PSP em conjunto com a GNR receberam acima de 3500 queixas. Só na PSP, nos últimos 5 anos, foram acima de 10mil queixas.
Face a combater o problema, no passado dia dos namorados, ambos os orgãos policiais iniciaram campanhas de sensibilização junto dos mais jovens, que visam a educar e prevenir, os casos de violência nas relações. “No namoro não há guerra” da PSP, decorre até ao final do mês e através do programa Escola Segura, desenvolve ações para os jovens dos 13-18 anos, no 3º ciclo e ensino secundário. A campanha da GNR “#NãoTeCales”, procura combater comportamentos violentos, em especial no namoro, onde são precoces e mais facilmente evitáveis no futuro, sendo que segundo esta força de segurança, 17% dos casos são relativos a menores de 25 anos.
Neste dia dos namorados, em declaração a jornalistas, o presidente Marcelo Rebelo de Sousa, afirmou que “(a violência no namoro) é um problema que continua grave na sociedade portuguesa”, desde logo “por causa da não denúncia, do medo de denunciar, do medo das consequências da denúncia, da dificuldade de criar — que estão a ser criadas progressivamente — estruturas de apoio e de enquadramento de quem denuncia, de quem sofre esse tipo de violência”.
De acordo com o Estudo nacional de violência no namoro no ensino superior, da Associação Plano i, em associação com o Observatório da Violência no Namoro (ObVN), em 2021 o Porto foi no contexto universitário, o distrito onde mais se verificou a violência no namoro, com 30% dos casos apresentados. Em 2019, das denúncias feitas ao ObVN, em relação à violência no namoro, o Porto, detinha 51%.