Proteção de mirante da Madalena é da exclusiva responsabilidade de Gaia
Proteção de mirante da Madalena é da exclusiva responsabilidade de Gaia

Proteção de mirante da Madalena é da exclusiva responsabilidade de Gaia

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Texto escrito por Ana Pinto

A Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) disse ontem que a proteção do mirante da Madalena, em Vila Nova de Gaia, é da “exclusiva responsabilidade” do município, esclarecendo ainda que não emitiu pareceres sobre a sua demolição.

Em causa está o projeto para a construção de uma passagem superior pedonal junto ao apeadeiro da Madalena, que prevê a demolição de um mirante do século XIX.

A demolição do mirante da Madalena, classificada pelo historiador de arte Francisco Queiroz como um “dos melhores exemplares no país” e “um exemplo paradigmático de uma tipologia de arquitetura específica de uma época”, está prevista para este mês no âmbito de obras que decorrem atualmente na linha do Norte.

No Plano Diretor Municipal, o mirante ferroviário está catalogado como alvo de “proteção integral” de nível I, o mais alto em termos municipais, segundo a informação oficial disponível.

O presidente da Câmara de Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues, defendeu a manutenção do mirante ferroviário da Madalena “se for tecnicamente possível”, e o presidente da junta da Madalena, Miguel Almeida, quer reunir com a Infraestruturas de Portugal (IP), dona da obra, e apresentar uma proposta para evitar a destruição.

O projeto faz parte da modernização do troço da Linha do Norte entre Espinho e Gaia, no âmbito do programa Ferrovia 2020, adjudicado por 55,3 milhões de euros, cujas obras em várias estações e apeadeiros em Vila Nova de Gaia condicionam atualmente a circulação ferroviária.

Além da polémica relacionada com o mirante da Madalena, a construção de passagens superiores e de muros nas zonas da Granja e Aguda tem sido alvo da contestação das populações locais, que já os apelidaram de “mamarracho”, “escarro arquitetónico” ou “muros de Berlim”.

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