O Porto atingiu um novo marco histórico ao registar um índice de Água Não Faturada de 13,28% em 2023, colocando-se entre as melhores entidades nacionais no que diz respeito ao uso eficiente da água potável. Esse feito reflete o esforço significativo na gestão eficaz do sistema de abastecimento, mesmo com uma infraestrutura centenária suscetível a anomalias.
No combate ao desperdício de água, a cidade tem demonstrado melhorias tanto em nível local quanto nacional. O índice de 13,28% está abaixo da média nacional, que é de 27,1%, conforme relatado pela ERSAR. A detecção proativa de irregularidades na rede e a implementação de medidas preventivas desempenham um papel crucial na gestão e redução dos índices de água não faturada.
A monitorização em tempo real da rede, combinada com tecnologias como inteligência artificial e aprendizado de máquina, tem sido essencial. Investimentos na reabilitação de trechos críticos e a adoção de estratégias inovadoras na distribuição de água têm contribuído significativamente para a redução de perdas e interrupções no fornecimento.
O Programa de Gestão e Redução de Água Não Faturada tem garantido uma tendência decrescente de perdas na rede, evitando o desperdício diário de milhares de metros cúbicos de água. O envolvimento ativo dos clientes também é crucial, por meio da comunicação mensal das leituras dos medidores e do relato de irregularidades.
Filipe Araújo, vice-presidente da autarquia, enfatiza que esses indicadores posicionam o Porto entre os municípios com qualidade de serviço considerada “excelente”. No entanto, o compromisso persiste em melhorar continuamente a gestão deste recurso essencial, especialmente em um contexto de mudanças climáticas, por meio de iniciativas como o Pacto do Porto para o Clima.