O Tribunal de Matosinhos emitiu uma sentença condenatória de três anos e quatro meses de prisão para o homem que, em 2022, atropelou um ciclista enquanto conduzia uma viatura furtada na Circunvalação, no Porto. A decisão foi anunciada nesta quarta-feira, conforme divulgado pela Procuradoria-Geral Regional do Porto (PGRP) na sua página na internet.
Além da pena de prisão, o indivíduo foi também condenado a uma “pena acessória de um ano e oito meses (a cumprir após a pena de prisão) pela prática de um crime de ofensa à integridade física qualificada (relativamente a uma vítima ciclista), em concurso efetivo com três crimes de condução perigosa de veículo rodoviário e um crime de desobediência” às autoridades.
O tribunal determinou que o arguido, que já está a cumprir pena por outros processos relacionados com crimes contra a propriedade, empreendeu uma fuga às autoridades no dia 8 de outubro de 2022, desobedecendo à ordem de paragem e conduzindo um veículo furtado.
Foto: Miguel Pereira/Global Imagens
Durante a fuga, o indivíduo realizou diversas manobras de condução contrárias às regras de trânsito, incluindo a circulação em sentido contrário ao tráfego, com previsão de atingir terceiros. Neste contexto, enquanto circulava pela Estrada da Circunvalação, no Porto, em sentido contrário ao estabelecido, o arguido atingiu com o veículo um dos três ciclistas que ali estavam, projetando-o por vários metros e causando-lhe ferimentos. Os outros dois ciclistas conseguiram desviar-se para evitar o acidente.
O arguido, conhecido como “Rei dos Catalisadores” devido à sua ligação a diversos furtos, já foi alvo de 44 inquéritos desde 2016, principalmente por furto de veículos e combustível, assim como por subtração de catalisadores e outras peças de automóveis. Ele foi julgado e condenado em 13 processos, recebendo penas que variam entre multas, prisão suspensa e efetiva, esta última com períodos de 10 meses, um ano e oito meses, e seis anos e meio de prisão.
Essa sentença representa mais um capítulo na trajetória criminal do indivíduo, que já havia sido detido anteriormente em diversas ocasiões, reforçando a necessidade de resposta jurídica diante de suas ações delituosas.